o tempo de hoje fez-me pensar ainda mais em todos aqueles momentos em que me contemplavas o meu melhor sorriso, as vezes em que me abraçavas e sorrias por eu ficar de bicos de pés ao pé de ti, fez-me ainda lembrar de todas as nossas gargalhadas, todas as nossas conversas sérias que nos fizeram deitar mil e uma lágrimas, de todas as nossa discussões que nos destroçavam por completo, da forma como fazíamos as pazes e da forma como nos compreendíamos mutuamente. Todo um repleto mundo de sentimentos, carinho, amor, e saudades que ficaram para trás.
Então eu finjo que a tua ausência é-me indiferente, finjo que estou bem, finjo que estou feliz, finjo que vivo bem sem ti, finjo que não me afectas, finjo não ter vontade de te ligar para te dizer "bom dia", ou "boa noite". Eu finjo que sou capaz de suportar esta saudade de cabeça erguida, mesmo eu sabendo que no fundo tenho o coração destroçado, sabendo que sou fraca no que se refere a ti, sabendo que já não me sinto capaz de lutar mais. Mas, eis que chega o momento em que me tento desligar de ti, desligar das saudades que sinto, e tento ocupar todo o meu tempo ao máximo para que o meu cérebro não comece de novo a relembrar-se de tudo o que me tem magoado, de tudo o que ainda hoje me consegue derrubar. Sou do tipo de pessoa que prefere não falar do assunto com ninguém e chegar a casa enroscar-se no edredão e chorar tudo o que tem para chorar enquanto escuta mil e uma músicas que em tempos eram nossas. será que acabar com esta distância é pedir muito?