Não quero a tua pena do meu lado. Não quero os teus medos presentes. Quero a tua alma comigo. Quero o teu coração nas minhas mãos. Quero o prazer eterno. Não sei por qual beco ir desta vez ... acho que já percorri todos eles nesta cidade. Eu só queria um sitio seguro, sem luz, com a ausência de seres. Queria apenas viver no preto e branco por algumas horas. Estou cerrada por entre as correntes do teu desprezo. Sinto as pernas mórbidas e os lábios secos. Preciso de ti e da tua natureza interior. Um enorme manto de espinhos cobre-me o corpo. Magoa. Sangra. Faz-me gritar o teu nome. Sinto-me sepultada por ti. Já não existo mais. Já não sei quem sou. Já não sei o que faço. Já não sei viver. Resta-me apenas TENTAR sobreviver nesta contínua agonia.